Yubber, se você tem uma carteira de investimentos, muito provavelmente já viu essas duas coisas nela: dividendos e JSCP (Juros Sobre Capital Próprio).
Ambos são muito bons de receber, não é?!
Mas, elas têm uma simples diferença, que é: calma, Yubber, veremos mais adiante hehehe
Fique no artigo com a gente para entender de uma vez por todas a diferença entre dividendos e JSCP (Juros Sobre Capital Próprio).
Mas primeiro...
O que são dividendos?
Dividendos são nada mais do que uma fração do lucro distribuído aos acionistas. Ou seja, depois de apurado o lucro da empresa, uma parte dele é distribuída aos sócios.
Esse lucro distribuído já é líquido, portanto já descontado os impostos.
Algumas companhias não fazem essa distribuição por motivos estratégicos. Quando isso acontece, é interessante você, como dono, entender a estratégia por trás, pois às vezes essa tomada de decisão é para agregar valor e, consequentemente, beneficiar a todos.
Digo isso pois é comum ver no mercado vários investidores bravos por não terem recebido dividendos, mas não observa o cenário como um todo.
Cabeça de dono, ein?!
O que são JSCP (Juros Sobre Capital Próprio)?
Essa é outra maneira de remunerar os acionistas, mas a forma de apuração é diferente.
A base de cálculo é o PL (Patrimônio Líquido), encontrado no Balanço Patrimonial, e não do lucro líquido.
A taxa aplicada é uma taxa muito específica, utilizada para esse tipo de provento (JSCP), chamada TLP (Taxa de Longo Prazo).
O JSCP vai entrar como despesa na DRE (Demonstração do Resultado do Exercício), portanto não haverá tributação em cima do valor, porque por ser uma despesa, o valor é deduzido.
Haverá, sim, IR (Imposto de Renda) sobre o valor antes de chegar na conta do acionista (IR de 15% descontado na fonte), mas a alíquota é menor do que o que as empresas geralmente pagam de IR (34%).
Isso vai ficar mais claro com o exemplo que darei agora.
JSCP e Dividendos na DRE
Vamos imaginar que o PL (Patrimônio Líquido) de uma determinada empresa seja no valor de R$ 40 mil, e que a TLP seja de 5%.
Agora, dê uma olhada em uma estrutura simples de DRE, retratando como ficaria com e sem JSCP.
Observe que na primeira situação, o JSCP é deduzido da DRE como uma despesa, e consequentemente, o valor que se paga de IR é menor.
Além do mais, há a vantagem de no final acontecer uma reversão dos JSCP, ou seja, mesmo que ele tenha sido descontado lá em cima, ele volta de novo para a demonstração lá embaixo, em forma de distribuição.
Juntando o valor dos JSCP + dividendos, o total de proventos distribuídos para o acionista é de R$ 6.320,00.
Agora, olhando para o segundo caso, sem os JSCP, o IR a ser pago é maior, pois não houve a dedução dos JSCP.
E observe que, mesmo os dividendos tendo resultado em um valor maior que no primeiro caso, não haverá outras distribuições além dele. Ou seja, somente ele será distribuído.
Portanto, enquanto o primeiro caso vai distribuir R$ 6.320,00 de proventos, o segundo caso vai distribuir apenas R$ 4.950,00, representando uma diferença de R$ 1.370,00.
Então, os JSCP têm uma vantagem tanto para a empresa, quanto para o acionista. A empresa paga menos IR, e o acionista recebe mais proventos.
Você deve estar se perguntando o motivo de as empresas não fazerem isso sempre. O fato é que, por lei, há um limite para se usar essa vantagem contábil.
Qual a diferença entre Juros Sobre Capital Próprio e Dividendos?
Aposto que já respondeu de cabeça alguma delas.
Para ficar mais fácil a compreensão, montei essa tabelinha.
E aí, Yubber, gostou do artigo? Eu consegui te ajudar?