Vale a pena investir no mercado secundário?

Imagine que você compre, por exemplo, um CDB (Certificado de Depósito Bancário), e que a instituição emissora do título não ofereça recompra.

Isso quer dizer que o CDB, portanto, não possui liquidez diária, e que se você quiser resgatar o seu dinheiro, precisará negociar no mercado secundário.

Mas como faço isso? E vale a pena?”

Vou te responder isso no artigo, então vem comigo!

O que é mercado secundário?

Yubber, acho interessante fazer essa breve introdução sobre o assunto para que fique mais claro como isso acontece.

Para você entender o conceito de mercado secundário, precisa entender primeiro o conceito de mercado primário.

Em renda fixa, mercado primário é quando o emissor vai negociar diretamente com o investidor. Então, vamos imaginar que um banco emitiu uma LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e que você alocou seus recursos nela. Isso é mercado primário, pois a instituição negociou primariamente com o investidor, ou seja, você.

Segue a lógica: Instituição → Investidor.

Agora, quando falamos de mercado secundário, a negociação acontecerá entre investidores, portanto a lógica é a seguinte: Investidor → Investidor.

E essa negociação se dá quando a pessoa que comprou o título, não quer ou não pode aguardar, seja qual for o motivo, até o vencimento dele.

Se a instituição oferece recompra antes do vencimento, não precisa ir para o mercado secundário, mas se ela não oferece, a alternativa seria ir e oferecer para algum interessado.

Mas, o tema de hoje no post é: vale a pena?

Vamos descobrir agora.

Vale a pena investir no mercado secundário?

Eu vou apontar uma vantagem para que você possa tomar sua decisão, Yubber.

Mas antes, só uma dica: se for precisar do dinheiro, não aloque os seus recursos em investimentos que não te permitem resgatá-los a qualquer momento, ok?

Vamos lá!

Vantagem do mercado secundário

Você consegue, sim, encontrar ótimas oportunidades no mercado secundário.

Vamos imaginar que um determinado investidor investiu, no passado (vamos considerar 2015), em um CDB com taxa de 12% a.a, sem liquidez diária, e que o vencimento desse CDB tenha 8 anos como prazo de vencimento.

Vamos considerar ainda que, por algum motivo, ele quer resgatar seus recursos hoje, mas como título não tem liquidez diária, ele terá que se desfazer dele no mercado secundário.

Acontece que, ao levar esse título para o mercado secundário, a taxa que será pactuada não diz respeito à taxa do momento atual, mas sim à taxa que ele contratou lá do passado.

Se formos considerar uma taxa média de um CDB hoje, no momento em que escrevo esse artigo (16/12/2020), ela está em torno de 4,5%. Portanto, olha só que interessante: o investidor adquiriu o CDB por 12% a.a, e vai negociar ele no mercado secundário considerando esse percentual.

Logo, fazendo uma análise, é possível encontrar melhores oportunidades no mercado secundário do que no primário, considerando a taxa média atual dos títulos de renda fixa, devido a taxa Selic estar em sua mínima histórica (2020).

E como investir no mercado secundário?

Para você acessar os títulos de renda fixa no mercado secundário, você precisa ter cadastro em alguma corretora, contudo bancos e outras instituições também podem oferecer.

Mas é importante dizer que não são todas elas que oferecem isso para o investidor, ok? Dê uma pesquisada antes.

Ah, e uma dica é: procure por instituições que tenham uma base alta de clientes, pois as chances de encontrar melhores investimentos são maiores, visto que haverão maiores negociações.

O mercado de renda fixa abre às 10h, portanto, se for operar através de uma corretora, seja pontual, pois as oportunidades acabam muito rápido.

BÔNUS: Nós temos um vídeo muito legal que o Bernardo Pascowitch gravou. Ele esperou o mercado abrir para acessar os títulos disponíveis e mostrar para você, Yubber, as mais diversas taxas e vencimentos.

Para acessar, é só clicar AQUI.

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