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CAPM (Capital Asset Pricing Model): o que é e como calcular?

Yubber, ao pensar em investir em um ativo do mercado financeiro ou, ainda, em algum projeto, como você define sua expectativa de retorno?

Pensa comigo: se você investe em algo, é porque espera alguma rentabilidade, concorda? Além do mais, esse investimento deve compensar o risco que você estará correndo nele.

Uma das formas de calcular essa expectativa de retorno, é através do CAPM (Capital Asset Pricing Model) ou, em português, Modelo de Precificação de Ativos de Capital.

O que é CAPM?

O CAPM vai estabelecer a relação entre risco e retorno, o que significa dizer que, esse modelo de precificação vai determinar o quanto você deverá exigir em determinado investimento, considerando o risco que ele tem, bem como a rentabilidade que ele pode oferecer.

Se eu tivesse que resumir o conceito, seria: o retorno que deve ser exigido para compensar o risco assumido.

Para encontrar essa taxa exigida, é preciso seguir uma fórmula, sendo:

ERi = Rf + 𝛃.(ERm – Rf)

Onde:

ERi (Expected Return of Investment)É o resultado que encontraremos, indicando o quando esperar de retorno do investimento;

Rf (Risk-Free Rate) – Traduzindo, significa taxa livre de risco, que no Brasil pode ser representada pela taxa Selic. Taxa livre de risco tem relação com o risco mínimo de crédito (calote);

𝛃 - O símbolo corresponde ao Beta, e vai dizer o quanto determinado ativo é sensível ao risco, em outras palavras, é uma medida de risco que o ativo assume diante do movimento do mercado;

ERm (Expected Return of Market) – Representa a rentabilidade oferecida pelo mercado.

Duas coisas que eu gostaria de pontuar:

- Nós temos um artigo explicando o que é o Beta e como calcular, e para acessá-lo, é só clicar AQUI;

- O resultado da equação ERm – Rf é conhecido no mercado como prêmio pelo risco e, obviamente, o retorno de mercado deve ser maior que a taxa livre de risco para compensar o investimento.

Como calcular o CAPM?

Vamos para um exemplo? Dessa forma você consegue visualizar melhor a aplicação do modelo CAPM.

Imagine que você tenha seu dinheiro guardado na poupança, que te oferece 3% a.a, e que você está cogitando investir em ações, mas antes você quer saber se vale a pena, considerando o risco e o retorno que isso vai te trazer. Para tomar a decisão, você achou interessante usar o CAPM para te ajudar com isso.

A pergunta que deve fazer é: será que o investimento que estou pensando em fazer, compensa mais do que eu deixar o dinheiro na poupança? Vamos ver (todos os dados são hipotéticos).

Ao calcular o Beta, o resultado foi de 1,2. Além do mais, a taxa livre de risco, representada pela Selic, foi de 6%. Quanto ao retorno de mercado, por se tratar de ações, foi considerada a média do retorno passado do Ibovespa, ficando em 11%.

Colocando todos os dados na fórmula, fica:

ERi = 0,06 + 1,2 (0,11 – 0,06)

ERi = 0,06 + 1,2 x (0,05)

ERi = 0,06 + 0,06

ERi = 0,12

ERi = 12% (multipliquei por 100 para saber em porcentagem)

Portanto, o resultado te diz que, a rentabilidade mínima que você deve esperar é de 12%, e essa taxa é uma compensação pelo risco de mercado ao qual você está se expondo.

Entendendo melhor o CAPM

O exemplo acima tratou de uma possível decisão de alocar os recursos em ações, mas o modelo pode ser usado para outros ativos do mercado financeiro.

Outra coisa interessante é que a usabilidade dele se estende também para projetos. Se você está interessado em investir em algum projeto, você pode usá-lo para calcular o retorno mínimo exigido por você.

O CAPM também compõe o WACC (Weighted Average Cost of Capital), que é um outro modelo, e considera tanto o CAPM quanto o capital de terceiros. A taxa do WACC é, inclusive, utilizada para descontar fluxos de caixas a valor presente.

Limitações do CAPM

O CAPM, apesar de ser amplamente utilizado, tem algumas limitações.

Tem algum problema em você utilizar ele? Não, claro que não. Mas é importante que se atente às limitações e, além disso, considere também outras ferramentas para dar mais robustez na hora de tomar decisão.

Uma ferramenta utilizada isoladamente, raramente oferece uma base substancial para boas tomadas de decisões.

Bom, algumas dessas limitações, são:

  • O risco, na fórmula, é medido somente pela volatilidade do ativo, mas sabemos que o risco não se resume somente à volatilidade. Há muitas outras variáveis que podem influenciar;
  • O modelo também considera que a taxa livre de risco permanecerá constante, o que não é verdade, pois em um período relativamente longo, a taxa pode variar;
  • O cálculo, muitas vezes, trabalha com acontecimentos passados, ou seja, históricos passados, e se tem uma coisa que você vai ouvir bastante no mercado financeiro, é: rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura.

Reforçando a dica: utilize um conjunto de ferramentas na hora de tomar decisões.

E aí, Yubber, gostou do artigo?


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