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Quantitative easing: o que é e como usar?

Existem alguns mecanismos utilizados pelo governo para intervir na economia em momentos necessários. Um deles é o quantitative easing.

Quem primeiro utilizou essa estratégia foi o Japão, no combate à crise financeira que atingiu o país em 1989. Posteriormente, com a crise do subprime, foi a vez dos Estados Unidos adotarem o mecanismo, em 2008. Na sequência, países europeus também tiveram que lançar mão do quantitative easing, por causa da crise do euro.

A seguir, entenda o que é e como funciona esse mecanismo de estímulo à economia utilizado por diversas nações em todo o mundo.

O que é quantitative easing?

Também conhecido como flexibilização quantitativa, o quantitative easing (QE) é uma ferramenta de política monetária utilizada pelos bancos centrais com o objetivo de aumentar a quantidade de recursos em circulação na economia.

Isso não é feito mediante impressão de dinheiro, mas sim da compra de títulos de dívida pública ou privada. Para realizar essa compra, o banco central emite dinheiro eletrônico, ou seja, virtual.

Quando essa estratégia é adotada?

Em períodos de desaquecimento ou estagnação da economia, o quantitative easing é utilizado para incentivar os investimentos e o consumo de forma geral.

Quando injeta recursos na economia (mesmo que de forma eletrônica), o governo faz com que circule mais dinheiro. Com maior quantidade de moeda em circulação, o custo do dinheiro fica mais barato, ou seja, caem os juros cobrados em operações como empréstimos bancários e financiamento de cartão de crédito. Dessa forma, as pessoas começam a consumir mais, o que leva ao aumento dos preços.

É justamente nesse ponto que o governo deve ter atenção na dosagem do quantitative easing. Em outras palavras, se ele errar a previsão da demanda, poderá injetar dinheiro acima do necessário, o que fará a inflação disparar.

A inflação nem sempre é prejudicial, pois a alta dos preços também é um indicativo de crescimento econômico. O perigo é quando os preços fogem do controle e causam a hiperinflação, o que é extremamente prejudicial para a economia de um país.

Outro momento de utilização do QE pode ser quando ocorre a armadilha de liquidez. Ou seja, quando já não adianta mais cortar as taxas de juros para impulsionar a economia, pois, mesmo com o dinheiro mais barato, as pessoas continuam com receio de consumir.

A armadilha de liquidez normalmente acontece em períodos de crises econômicas. Saiba mais a respeito neste artigo.

Outros riscos relacionados ao quantitative easing

Além da perda do controle da inflação, há outros riscos relacionados à estratégia. Um deles é quando o QE deixa de ser temporário, e o governo passa a utilizá-lo de forma permanente para financiar a dívida pública e privada. Nesse caso, além do aumento da inflação, as contas públicas ficarão desequilibradas, o que prejudicará a meta fiscal.

Outro ponto é em relação à desvalorização cambial. Não que isso em si seja um problema, ao contrário, pois quando se adota o QE a desvalorização da moeda é algo previsível. O problema acontece quando muitos países adotam a estratégia ao mesmo tempo.

Isso causa um efeito “bola de neve” pois, nessa situação, a desvalorização da moeda acaba não surtindo o efeito desejado na balança comercial. Dessa forma, começa o “conflito de QEs”, ou seja, os países começam a tentar superarem uns aos outros na injeção de recursos.

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