Quando um fundo imobiliário (FII) deseja aumentar o seu patrimônio, ele emite novas cotas. Nesse momento, o fundo pode dar prioridade aos atuais investidores na aquisição dessas novas cotas. Essa preferência é chamada direito de subscrição nos FIIs.
Ao adquirir essas cotas, o investidor consegue garantir que a sua participação no patrimônio total do FII não seja diluída. Em outras palavras, ele tem o direito de continuar com o mesmo percentual de participação no fundo que tinha originalmente, antes da nova emissão.
No entanto, o investidor não é obrigado a adquirir essas novas cotas. Caso não o faça, poderá ir a mercado para vender o seu direito de subscrição.
Como funciona o direito de subscrição nos fundos imobiliários?
O direito de subscrição nos FIIs funciona de forma bem semelhante ao que acontece com as ações.
No momento em que anuncia o direito de subscrição, o fundo imobiliário precisa, obrigatoriamente, repassar algumas informações aos atuais cotistas. São elas:
- data em que o fundo decidiu pela emissão das novas cotas;
- data limite para exercer o direito de subscrição e para adquirir essas cotas;
- data em que poderá ser feita a negociação com terceiros;
- parcela que o investidor terá direito a subscrever;
- valor das novas cotas;
- demais informações relevantes, se houver.
A partir da divulgação dessas informações, o cotista deverá, se for o caso, expressar por escrito o seu interesse na subscrição. Esse processo é bem simples e, geralmente, é feito de forma digital.
Para obter todas as informações sobre subscrições, o investidor pode acessar o site da B3. A bolsa de valores disponibiliza dados sobre todos os fundos imobiliários negociados no mercado.
Caso não se manifeste em tempo hábil, o fundo entenderá que não há interesse e direito de subscrição do investidor se extinguirá.
Quando o investidor não tem interesse na subscrição, o FII vai ao mercado para tentar negociar até que levante o valor esperado inicialmente. Esses recursos que sobraram de investidores e de terceiros chamam-se sobras de subscrição.
Vantagens do direito de subscrição nos FIIs
Como vimos, uma das vantagens de o investidor exercer esse direito é garantir o seu nível de participação no fundo. Ou seja, ao adquirir as novas cotas, ele evita que a sua participação seja diluída no patrimônio total do investimento.
Outro ponto importante é poder adquirir as novas cotas com valor abaixo do praticado pelo mercado. Logo, caso decida vende-las mais tarde, o investidor já tem garantido o lucro na operação.
No entanto, a decisão de exercer ou não o direito de subscrição dependerá da estratégia de investimento de cada um. Assim como ocorre com as ações, é muito importante avaliar aspectos como rentabilidade do FII, gestão, composição de carteira, taxa de vacância, dividend yield, entre outros. Somente após uma análise completa é possível saber qual decisão atenderá melhor aos objetivos da carteira.
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