Os Fundos de Investimento Imobiliários (FIIs) são um tipo de investimento coletivo onde as pessoas investem em patrimônios geridos por um administrador. A adesão acontece por meio da compra de cotas que representam uma pequena parcela do patrimônio total do fundo.

Entre as possibilidades, existem Fundos Imobiliários de Tijolo, de Papel e híbridos. Os primeiros são formados por imóveis físicos, como shoppings, galpões logísticos, hospitais, apartamentos, prédios. 

Os Fundos de papel são aqueles especializados em títulos do setor imobiliário como LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliário). A outra categoria possui ambas modalidades.

O grande atrativo desse tipo de investimento é que o investidor recebe mensalmente uma parcela dos aluguéis pagos e não existe a cobrança de imposto de renda nesses rendimentos. Além disso, com pouco dinheiro, é possível comprar cotas de imóveis espalhados pelo Brasil.

No entanto, essa aplicação tem seus riscos, pois é uma operação de renda variável. Portanto, antes de investir nessa modalidade, é preciso saber os riscos que você deve enfrentar. Listamos aqui quatro deles:

1. Risco de liquidez

Liquidez é a agilidade com que o investimento retorna ao investidor. O termo tem a ver com a facilidade e velocidade com que um vendedor consegue um comprador.

Nem todo fundo imobiliário possui uma boa liquidez. Ou seja, nem sempre que precisar vender suas cotas, você irá conseguir compradores com facilidade.

Para evitar esse risco, antes de comprar, consulte quantas negociações o fundo realiza por dia. Esse é um ótimo indicador para saber sobre a liquidez e poder evitar esse problema.

2. Risco de prejuízo

Como em todo ativo em renda variável, não há garantia para valorização do montante investido. O investidor precisa estar preparado para possível queda no preço da sua cota.

A volatilidade do mercado é algo muito difícil de ser evitado. No entanto, é possível perceber que existem fundos imobiliários mais sólidos e com crescente valorização ao longo do tempo. A dica é analisar o patrimônio em uma linha do tempo.

3. Risco de vacância

Os fundos imobiliários estão relacionados com aluguéis e compras de imóveis. Por isso, existe a possibilidade desses locais ficarem vazios por um tempo e os cotistas ficarem sem uma ou mais rendas do patrimônio total.

Por isso, é muito importante investir em FIIs que possuam um bom portfólio de imóveis, com diversificação de inquilinos e bens.

3. Risco de inadimplência

Assim como o risco de vacância, a inadimplência dos inquilinos também pode acontecer. Esse é um risco muito difícil de ser evitado, pois não há como prever quando isso vai ocorrer.

Dica: acompanhe a gestão de perto

No entanto, há uma dica muito importante para o investidor que deseja aplicar nesse tipo de operação: acompanhe a gestão do Fundo. Isso porque todos os FIIs são modelos de negócio coletivo e possuem diversos documentos informativos sobre sua gestão.

Uma das melhores formas para se analisar um fundo desses é lendo a Carta do Gestor que é disponibilizada no site da instituição administradora. Nesse documento, é possível ter uma noção geral de como o patrimônio do fundo está sendo gerido.

Informações sobre vacância, portfólio, preços, cronograma de revisão de contrato e outros dados importantes compõem a carta. Um investidor atento dificilmente será pego de surpresa.