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Comparação de fundos de investimento: 6 dicas para fazer

A indústria de FI (Fundo de Investimento) no Brasil tem uma representatividade muito grande, e quando abordamos o assunto, mais especificamente sobre a quantidade registrada deles na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), falamos na casa de milhares.

Com essa magnitude tão grande, como tomar boas decisões na hora de escolher entre um ou outro? É isso que veremos no artigo de hoje: 6 dicas para comparar os fundos de investimentos.

Antes, gostaria de chamar sua atenção para uma coisa, Yubber. Além dos que irei apresentar aqui, existem outros parâmetros que podem ser auxiliares na hora de investir, mas procurei destacar os que, na minha visão, darão a você um suporte relevante.

Então vamos lá!

1. Compare banana com banana

Um erro bastante comum é o investidor comparar fundos de investimento de classes diferentes.

Veja bem, Yubber, qual o sentido de você comparar um fundo de renda fixa com um fundo de ação? São fundos de classes distintas, logo, fazer isso apenas lhe entregaria informações e interpretações distorcidas, refletindo negativamente na sua tomada de decisão.

2. Histórico de rentabilidade

Você vai ouvir bastante a seguinte frase: rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura.

Sim, isso é verdade, mas ao comparar dois fundos de investimentos, sendo um com rentabilidade histórica negativa, e outro com rentabilidade histórica positiva, qual você consideraria?

De fato, não é possível prever como o fundo irá performar futuramente, mas o resultado passado dele nos ajuda a tomar decisões, e é, inclusive, muito importante.

Você não deve deixar de analisar esse fator, ok? O mínimo que se espera é que ele acompanhe ou supere o seu benchmark.

Ah, e não considere apenas uma linha de tempo; compare meses, anos, e vai ver como é diferente o comportamento dos fundos em comparação.

Além do mais, sempre que for fazer a comparação, use o mesmo horizonte de tempo, ou seja, se estiver puxando dados de um fundo com período de um ano, puxe um ano também no outro fundo.

3. Índice de Sharpe

Em suma, o Índice Sharpe é o retorno em relação ao risco que se está correndo, ou seja, a característica desse índice é a relação risco x retorno, considerando o retorno do portfólio, a taxa livre de risco e a volatilidade, medida pelo desvio padrão.

Atenção para o que vou dizer: quanto maior o Índice Sharpe, melhor essa relação.

Logo, isso nos induz a pensar que, se o resultado de determinado período foi negativo, não compensou para quem alocou os recursos nesse fundo, visto que ele não entregou nem o que a taxa livre de risco entregou no mesmo período.

Portanto, fique esperto, Yubber, pois se o fundo não consegue te oferecer nem o que a taxa livre de risco oferece, você pode estar correndo um risco à toa. 

4. Taxa de administração

Você vai ouvir bastante por aí que tem de ficar de olho na taxa de administração, pois algumas são incoerentes. Bom, isso faz sentido, mas vou expor duas situações que vão fazer você refletir.

De fato, algumas taxas de administração não têm coerência alguma. Vamos imaginar, por exemplo, um fundo de renda fixa simples que tenha uma taxa de 2,5%, e que a Selic esteja em 2%. Pergunto para você: faz sentido isso? Não, não faz.

Um fundo desse faz jus ao seu nome: simples, e isso não só no nome, mas também no que diz respeito ao esforço, logo, cobrar isso é absurdo, mas acredite, existem fundos assim, viu?!

Agora, aqui vai uma outra reflexão. Vamos imaginar dois fundos multimercado, um com taxa de administração de 1,5%, e outro com taxa de administração de 2%; qual você escolheria? Aposto que o de 1,5%.

Mas agora vamos colocar a seguinte situação:

  • O fundo de 1,5% ofereceu 8% de retorno;
  • O fundo de 2% ofereceu 10% de retorno.

Veja bem, Yubber, quando a rentabilidade de um fundo é divulgada, ela já está com a taxa de administração descontada, portanto esse 8% e 10% de retorno do exemplo, já estão com suas taxas descontadas.

Agora eu pergunto novamente: você prefere o fundo com 1,5% de taxa ou o outro com 2%?

O de 2%, não é? Pois ele ofereceu rentabilidade maior.

O que eu quero dizer com isso?

Dê, sim, atenção à taxa de administração, mas saiba analisar o contexto, e não ela de forma isolada, combinado?

5. Período de descotização

Já pensou você alocar o seu dinheiro em um fundo de ação, por exemplo, e descobrir que, ao solicitar o resgate do dinheiro (processo chamado de descotização), descobrir que ele somente será feito daqui a 30 dias?

Deixa eu explicar melhor. Quando você aloca recursos em um fundo, você adquire cotas, certo? E se você quiser esses recursos de volta, é preciso solicitar isso. O gestor, portanto, fará um processo chamado de descotização.

Acontece que, nem sempre esse processo será feito no exato momento que você solicitou, o que pode te deixar à mercê dos riscos de mercado, pois o gestor vai fazer a descotização somente depois do tempo previsto no regulamento do fundo, considerando as variáveis de mercado daquele dia.

Usei propositalmente o fundo de ação como exemplo. Vamos entender melhor.

Imagine que um determinado fundo faça a descotização em D+30 (ou seja, depois de 30 dias), e que hoje você tenha solicitado os seus recursos de volta. Considere, ainda, que você esteja com uma rentabilidade de 10%.

Como já é de seu conhecimento, você deve esperar 30 dias. Passados os 30 dias, a descotização será feita considerando os 10% de rentabilidade no dia que solicitou? 

Não. Ela será feita considerando a rentabilidade do dia em que o gestor fará o processo, o que significa dizer que, se estiver, por exemplo, com um retorno negativo, você terá de aceitar o prejuízo.

Portanto, fique ligado nisso, ok?

6. Coeficiente Alpha

Basicamente, o coeficiente alpha vai nos dizer o que o fundo traz de retorno, sendo ele maior do que você esperaria receber, com o nível de risco que ele corre.

Vou traduzir ainda mais. Há um nível de risco, certo? Se há um nível de risco, você concorda que para correr esse risco, há também uma exigência de retorno? Esse coeficiente vai mostrar o que foi oferecido pelo fundo, acima do retorno exigido, considerando o risco que ele corre.

Você ainda vai ouvir por aí (ou já ouviu) algo como “O gestor X conseguiu alcançar um alpha de X”.

Portanto, acrescente ele também na sua análise.

Como eu disse inicialmente, há uma série de variáveis a serem consideradas na hora de escolher um fundo, mas as que citei já te dão suporte para tomar boas decisões.

Então é isso, Yubber. Espero que tenha gostado do artigo, e lembre-se: conte sempre com a gente!


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