Para começar, você sabe o que significa uma empresa de capital aberto? Esse tipo de instituição é aquela que permite que parte do seu patrimônio seja negociado em bolsas de valores.

Além das ações, uma empresa de capital aberto pode negociar também outros tipos de valores mobiliários, como debêntures, bônus de subscrição e notas promissórias para distribuição pública.

Ou seja, isso possibilita que qualquer pessoa se torne proprietário de uma pequena fração de determinada companhia. Mas para que isso aconteça, a empresa deve passar por uma série de processos legais para poder oferecer esses ativos ao mercado financeiro.

A mais óbvia das exigências é que a companhia deve estar inscrita em uma bolsa de valores. Esse processo de adesão a essa modalidade é chamado de IPO (Initial Public Offering, ou oferta inicial pública).

Como uma empresa abre seu capital?

As empresas podem abrir seu capital por meio de uma IPO, que pode acontecer de duas maneiras: oferta de ações primárias ou secundárias.

A primeira é quando a companhia decide abrir seu capital e emite ações para negociá-las no mercado. Ou seja, ela é a vendedora e tem como objetivo a captação de dinheiro para a própria instituição.

Na segunda ocasião, as ações já existem e são negociadas por acionistas da empresa. Isso significa que o dinheiro arrecadado nessa transação fica com o investidor que a vendeu e não com a empresa.

Nas duas ocasiões, os valores mobiliários podem ser negociados por qualquer pessoa ou CNPJ desde que estejam cadastrados em instituições financeiras autorizadas.

No sentido das siglas, as companhias que optem pela sua abertura fazem a transição do “limitada” (Ltda) para “sociedade anônima” (S/A). Geralmente, na primeira possibilidade, a empresa possui dois ou mais sócios. Já na outra, existe a possibilidade da instituição ter milhares de pequenos donos.

Quais são as etapas de um IPO?

Inicialmente, as empresas devem ter um bom planejamento para iniciar um IPO. Isso porque o processo é burocrático e pode levar até mais de um ano. Além disso, se considerados todos os gastos, a abertura chega a custar milhões de reais.

Pensando nisso, as equipes jurídicas, financeiras e contábeis deverão estar preparadas para as novas exigências do mercado financeiro. Isso porque as regras serão outras após todo processo.

Não bastasse o novo cenário, as instituições passam por rigorosas auditorias para checar a segurança financeira daquela que deseja ingressar na bolsa. Essas consultas fazem parte também das exigências para inscrição e registros na CVM e na B3.

Depois disso, a companhia pode lançar seu prospecto ao mercado e esperar a adesão dos investidores aos seus planos de abertura. Nesse ponto, o investidor deve pesquisar muito bem para saber se a empresa vale mesmo a pena para investir.

Após todas essas etapas, finalmente, a bolsa de valores começa a negociar as ações e valores mobiliários de determinada instituição.

Mas, afinal, por que as companhias abertas são importantes?

Basicamente, as empresas de capital aberto são um grande termômetro econômico de um país. Isso porque esse é o jeito mais fácil das pessoas participarem do crescimento econômico de alguma instituição.

O mercado de capital democratiza o uso de recursos e estimula o investimento. Esses dois quesitos são fundamentais para o crescimento das empresas, oferta de empregos e consequente melhoria de vida das pessoas.

Nesse sentido, é compreensível pensar que um país desenvolvido está sempre preocupado com o seu futuro. Ou seja, existe sempre um ritmo de projetos que estimulam o crescimento.

As riquezas não surgem da noite para o dia. Elas são construídas com muito planejamento e investimentos em iniciativas que darão retornos futuros.

O mercado de capital é uma prova de que qualquer pessoa pode participar de projetos desse tipo e possam conquistar objetivos futuros junto com as empresas.