Você já parou para pensar nas razões pelas quais alguns investidores conseguem ter mais sucesso na bolsa de valores do que outros? Afinal, por que enquanto alguns compram ou vendem, outros fazem o movimento oposto e se dão bem com isso?
Esses movimentos têm a ver com os ciclos de mercado, também conhecidos como as cinco fases da bolsa de valores. A atuação dos investidores institucionais (também chamados de “big players”) é que irá definir os ciclos de mercado.
Quais são as 5 fases da bolsa de valores?
O assunto é complexo e repleto de termos técnicos. Neste artigo, tentaremos mostrar de forma simplificada quais são e como funcionam os ciclos de mercado. Acompanhe!
1 – Absorção
A absorção é a fase inicial dos ciclos de mercado. Esse é o momento em que os investidores começam a negociar ativos em maior quantidade.
É na fase de absorção que ocorrem os topos e fundos do mercado. Os topos correspondem aos momentos de euforia, quando todos estão comprando grandes volumes de ativos. Já o fundo representa o oposto, ou seja, a hora em que a maioria vende porque o mercado está em baixa.
É nesses momentos que os grandes players entram na jogada e fazem o movimento oposto. Isto é, quando a maioria está vendendo porque não aguenta mais perder dinheiro, os investidores institucionais compram a preços baixos. Por outro lado, quando todos estão eufóricos ganhando com a alta dos ativos, os big players começam a vender as suas posições, para lucrarem com a alta do mercado.
2 – Acumulação ou Distribuição
Depois da absorção, começa o ciclo de acumulação ou distribuição. Na acumulação, o big player continua comprando ativos logo depois da baixa. Já na distribuição, ele continua vendendo mesmo passada a alta.
Esses dois movimentos são como uma preparação do mercado para o que virá ali adiante. No caso da acumulação, é como se os investidores institucionais estivessem sinalizando ao mercado que haverá uma fase de alta. Por sua vez, na distribuição, os big players preparam o cenário para uma fase de queda.
3 – Teste de oferta e demanda
No teste de oferta, o investidor que comprou muito para aproveitar os preços baixos precisa fazer com que o mercado suba para vender com lucro. Porém, para que isso aconteça, o mercado precisa estar maduro. E a forma de saber disso é ter certeza de que a oferta de ativos se esgotou (ou seja, ele comprou tudo) e de que não há outro player maior do que ele, interessado que os preços caiam ainda mais.
Já no teste de demanda, o objetivo é o contrário. Como o investidor distribuiu muitos ativos a um preço alto, ele deseja que o mercado despenque, e tem recursos suficientes para desencadear essa queda.
No entanto, devem ser observadas as mesmas variáveis do teste de oferta, porém na situação contrária. Ou seja, o investidor precisa ter certeza de que se esgotou a demanda por ativos e de que não há um investidor maior do que ele interessado na alta do mercado.
É por isso que, tanto no teste de oferta quanto no de demanda, os investidores institucionais ficam um tempo quietos, esperando para ver como o mercado reage.
4 – Spike
O spike é a fase do ciclo em que os grandes investidores provocam o “estouro da boiada” no mercado financeiro.
No spike depois da acumulação, os big players começam a vender os ativos que compraram barato. Mas antes disso, fazem um último movimento de compra, de forma mais agressiva, e esgota a oferta a patamares elevados. Quem vendeu no fundo decide que é hora de voltar para o mercado. Dessa forma, os preços começam a subir, e o mercado volta a ficar otimista.
Já no spike depois da distribuição, ocorre exatamente o contrário. Ou seja, o investidor faz um último movimento de venda agressivo, e isso faz com que a demanda se esgote a preços cada vez mais baixos. Desse modo, muitos que compraram no topo se arrependem e decidem sair do mercado. Isso aumenta a oferta de ativos, e faz com que o investidor passe a comprá-los novamente, agora a preços mais baixos. Nesse momento, o mercado volta a ser pessimista.
Em ambos os casos (tanto no spike de alta quanto no de baixa) ocorre um deslocamento forte nos preços, uma verdadeira pancada.
5 – Spike Channel
Por fim, o spike channel é uma continuação do spike. Empolgados com a direção das coisas, os outros participantes do mercado acabam aproveitando o embalo iniciado pelos grandes players. A diferença é que, nessa fase, o volume negociado já é bem menor, pois o grande investidor já realizou a sua estratégia e já se prepara para o reinício dos ciclos.
O spike chanel é quase o final da festa. Sabe aquele momento no qual o banquete já foi servido, e ainda restam algumas oportunidades, só que já não são as melhores? É exatamente essa a quinta fase do mercado.
Considerações finais
Como dissemos no início, esse assunto é bastante complexo e demanda várias ferramentas técnicas para que possa ser bem compreendido. Nossa ideia foi apresentar um conceito inicial sobre os ciclos de mercado, para que você possa aprofundar os estudos se desejar.
Se você se interessa pelo assunto, dê uma olhada nos artigos abaixo!