A flipagem nos fundos imobiliários (FIIs) ocorre no dia em que as novas cotas subscritas são integralizadas. Normalmente, nesse momento, o volume de negociação de cotas do FII é grande, e supera a sua média habitual.
Isso faz com que o preço das cotas caia e, dessa forma, muitos investidores aproveitam para comprar esses ativos. A intenção desses investidores é comprar as cotas quando estão subvalorizadas para, posteriormente, revendê-las pelo real valor de mercado.
Tipos de flipagem nos fundos imobiliários
Basicamente, a flipagem nos FIIs pode ser de dois tipos:
Fundo imobiliário já em operação
Quando um fundo imobiliário já existente faz uma nova emissão de cotas, diz-se que ele realizou um follow on. Esse instrumento pode ser utilizado tanto para ações quanto para FIIs.
Assim como ocorre com as ações, no follow on dos fundos imobiliários, o gestor precisa dar aos atuais cotistas o direito de preferência para a aquisição das novas cotas. Se o fundo imobiliário possui um bom histórico de desempenho, e se o cotista confia no trabalho do gestor, provavelmente ele irá exercer o direito de preferência.
No entanto, nem sempre o investidor permanecerá com as cotas adquiridas no follow on. Como vimos, ele pode ter comprado somente para aproveitar o preço abaixo do valor patrimonial. Se for esse o caso, assim que encerrada a oferta, ele revende as cotas recém adquiridas e lucra com essa transação.
Fundo imobiliário novo
No caso de lançamento de novos fundos imobiliários, a flipagem acaba sendo mais arriscada. Isso porque não há nenhum histórico de rentabilidade, e o investidor não sabe como se comportarão os ativos que formam o FII.
Logo, a decisão de compra dessas cotas será baseada não na análise passada, mas na expectativa de resultados do fundo. Aqui o importante é comparar o novo FII aos semelhantes a ele que já estão no mercado.
Afinal, vale a pena fazer flipagem nos fundos imobiliários?
Por ter um caráter especulativo, a flipagem é uma prática que causa distorções no preço dos ativos, tanto nas ações quanto nos fundos imobiliários.
Além disso, as novas emissões têm custos e, dependendo deles, pode não valer a pena comprar as cotas para revendê-las logo em seguida.
Por fim, algumas vezes acontece de, ao invés de retomarem o valor de mercado, alguns FIIs acabam caindo depois da emissão de cota, seja ela primária ou secundária.
Por esses motivos, especialistas aconselham que a flipagem seja realizada somente por investidores experientes, e que tenham tempo e disposição para estudarem o mercado antes de adquirir as novas cotas.
Você já investe em fundos imobiliários? Alguma vez já fez flipagem? Deixe aqui os seus comentários 😊