Se você acompanha notícias sobre a economia, já ouviu falar sobre diversos indexadores econômicos.
Esses dados são muito importantes, pois demonstram a situação do mercado nacional e ajudam o governo e as empresas a tomarem decisões relativas aos negócios do país. Além disso, alguns indexadores influenciam diretamente os rendimentos de algumas aplicações financeiras.
Neste artigo, veremos os cinco principais indexadores econômicos, e como eles são utilizados. Confira!
1 – Selic
A Selic é a taxa básica de juros da economia do Brasil. Ela é utilizada como base de referência para o Tesouro Selic e também para outras taxas, como o CDI, que veremos a seguir.
A taxa Selic também serve como parâmetro para a atividade econômica nacional. Quanto mais baixa ela estiver, menores serão os juros dos financiamentos bancários, o que pode estimular o aumento do consumo de forma geral.
O Tesouro Selic é uma das modalidades de títulos públicos. Saiba mais sobre os títulos do tesouro neste artigo.
2 – CDI
A mesma função que a Selic exerce sobre os títulos públicos, o CDI (Certificado de Depósitos Interbancários) tem sobre os títulos privados. É esse indexador que controla os empréstimos feitos entre os bancos, ou seja, ele é utilizado quando os bancos emprestam dinheiro entre si.
O CDI é a principal referência dos títulos de renda fixa. A sua variação acompanha o movimento da Selic, ficando, aproximadamente, 0,20% abaixo da taxa básica de juros.
3 – IPCA
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o índice oficial do governo para medir a inflação no Brasil. Esse indexador considera a variação dos preços de determinados produtos consumidos nas principais regiões metropolitanas brasileiras.
Por medir a variação da inflação, o IPCA é um indexador muito importante para investidores de renda fixa. Isso porque o seu acompanhamento vai demonstrar se o investimento está ou não apresentando rendimentos reais, ou seja, acima da inflação do período.
Um exemplo de investimento que, atualmente, perde para a inflação é a poupança. Veja neste artigo por que você deve manter o seu dinheiro longe da caderneta:
4 – IGP-M
O ÍGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) também mede a inflação, porém de uma forma mais abrangente do que o IPCA. Por isso, ele acaba sendo utilizado, principalmente, como indexador de contratos, como aluguel, seguros e tarifas públicas, por exemplo.
Não é à toa que o IGP-M é também chamado de “inflação do aluguel”. Isso porque, geralmente, é ele o indexador utilizado nos reajustes anuais dos contratos de aluguéis.
5 – INPC
Outro indicador de inflação, o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), se difere dos anteriores por causa do foco em populações de menor renda.
O INPC mede os efeitos da inflação entre as famílias que ganham entre um e cinco salários-mínimos. Isso abrange também muitos aposentados, o que faz com que esse indexador represente cerca de 50% das famílias do país.
Atualmente, os dados que servem de base para o cálculo do INPC são coletados nas seguintes cidades e respectivas regiões metropolitanas: Belém, Curitiba, Fortaleza, Recife, Vitória, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo, Porto Alegre, Brasília, Goiânia e Campo Grande.
Ficou com alguma dúvida, ou gostaria de saber mais sobre indexadores econômicos? Escreva pra gente!