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Amortização de dívida: saiba como funciona

A amortização nada mais é do que o pagamento de uma dívida de forma que o seu valor total seja reduzido. Para que isso ocorra, os pagamentos de um empréstimo devem ser superiores aos juros do período.

Quando contraímos um empréstimo, ou financiamos um carro ou a casa própria, por exemplo, pagamos parcelas para liquidar essa dívida.

Porém, para que ocorra a amortização, é necessário que não só os juros, mas também o principal, seja pago nessas parcelas. Se somente os juros forem pagos, a dívida nunca terminará, pois sempre haverá um capital principal sobre o qual incidirão encargos.

Como realizar a amortização de dívidas?

Existem diferentes sistemas de amortização de dívidas no mercado. Os mais conhecidos são o Sistema Francês (mais conhecido como Tabela Price) e o Sistema de Amortização Constante (SAC). Vejamos como cada um deles funciona.

Tabela Price

Na Tabela Price, as parcelas têm o mesmo valor durante todo o período do financiamento. Uma parte do valor da parcela é referente ao principal, e a outra, aos juros.

Esse sistema acaba sendo bastante utilizado no mercado por causa da sua previsibilidade. Além disso, comparada ao SAC, a Tabela Price apresenta prestações menores no início do financiamento. Logo, quem deseja parcelas iniciais menores, acaba optando por esse sistema.

Uma vez que o valor das parcelas é sempre igual, inicialmente a parte dos juros acaba sendo maior do que a do principal. Por isso, a amortização da dívida no sistema Price é menor nos primeiros meses. Com o decorrer do tempo, o saldo devedor vai diminuindo e daí sim a amortização passa a aumentar.

Sistema de Amortização Constante (SAC)

Já no SAC, como o próprio nome diz, a amortização do financiamento é constante, ou seja, ela é a mesma em todas as parcelas. Isso significa que, no início, as parcelas serão maiores, pois além da amortização elas também terão os juros do financiamento.

Porém, nesse sistema, as parcelas vão decrescendo. Isso porque, conforme ocorrem os pagamentos, os juros vão incidindo sobre um saldo devedor cada vez menor. Dessa forma, quem opta por um financiamento SAC, acaba pagando menos juros.

Vejamos na prática quais os efeitos financeiros de cada um desses sistemas:

Comparativo entre os sistemas SAC e Price

Imagine um financiamento de R$ 300 mil em três anos, com juros de 9% ao ano:

Valor financiamento
Prazo
Juros
R$ 300.000
3 anos
9% ao ano

Os valores totais pagos em cada um dos sistemas seriam os seguintes:

 
Tabela Price
SAC
Juros
541.841,46
390.276,55
Total
841.841,46
690.276,55

(Fonte: Valor Investe/Imóveis)

O sistema Price é mais utilizado para financiamentos mais curtos, ou também quando o tomador do empréstimo tem expectativa de aumento de renda. Ou seja, no futuro as parcelas fixas acabam por representar um percentual menor do orçamento.

Perceba que o valor total pago sempre é maior no sistema Price. Como vimos, isso ocorre porque a amortização das parcelas não é a mesma durante todo o período do financiamento. Logo, com amortizações menores no início, os juros acabam incidindo sobre um principal maior, o que não acontece no SAC.

Outro motivo que leva à utilização da tabela Price é que, nem sempre, o cliente pode optar pela forma de amortização. Para reduzir as chances de inadimplência, normalmente os bancos aprovam financiamentos cuja parcela não pode exceder 30% da renda familiar. Dessa forma, mesmo que a dívida se torne maior, acaba sendo mais fácil para algumas pessoas acomodarem as prestações no seu orçamento.

Para fixar as diferenças entre os dois principais sistemas de amortização, segue um resumo:

Tabela Price
SAC
Parcelas iguais durante todo o financiamento.
Parcelas vão diminuindo ao longo do período.
A amortização vai aumentando.
A amortização é constante.
O saldo devedor diminui de forma mais lenta.
O saldo devedor diminui mais rapidamente.
O valor total dos juros é maior.
O valor total dos juros é menor.
Mais usada para financiamentos de prazos mais curtos, como automóveis, por exemplo.
Mais usada para financiamentos mais longos, como imóveis, por exemplo.

(Fonte: Valor Investe/Imóveis)

Outras modalidades de amortização de dívidas

Como vimos, a tabela Price e o SAC são os sistemas de amortização mais populares. Porém também existem outros que, embora menos conhecidos, também são utilizados:

Sistema Americano

Nesse sistema, a dívida é amortizada somente no final do período, e num pagamento só. Enquanto isso, o devedor vai pagando juros mensais.

Por exemplo, se a dívida é de R$ 5 mil para liquidação em 10 meses e taxa de 2% ao mês, durante 9 meses a pessoa pagará R$ 100,00 por mês e os R$ 5 mil serão pagos no décimo mês.

No sistema americano os juros são lineares, pois são pagos mês a mês. Logo, os encargos não se acumulam no saldo devedor.

Pagamento único ou bullet

Possivelmente, o sistema bullet seja o menos utilizado, tanto por empresas quanto por pessoas físicas. Isso porque o valor total do empréstimo é pago de uma vez só, e no final do período. Dessa forma, todo mês incidem juros sobre o valor original e, uma vez que não existe nenhuma amortização até o final, os encargos acabam encarecendo bastante a dívida.

Além disso, normalmente os financiamentos bullet apresentam taxas maiores do que as outras formas de amortização. Isso porque acabam sendo mais arriscados para o credor, pois ele não recebe nenhum pagamento até o vencimento final da dívida.

Da mesma maneira, o sistema bullet pode representar um risco também para o cliente, principalmente se o prazo do empréstimo for longo. Afinal, é preciso muita disciplina e um bom planejamento financeiro para garantir que os recursos estejam disponíveis no vencimento do contrato.

Saiba mais sobre planejamento financeiro neste artigo:

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