São dois verbos distintos e podem parecer que estão semanticamente de lados opostos. Isso porque o próprio dicionário explica que poupar é “guardar dinheiro por economia”, enquanto que investir é “aplicar dinheiro com finalidade lucrativa”. Mas será que é possível poupar investindo?

Ao contrário do que muita gente pensa, a tradicional e velha conhecida caderneta de poupanças pode ser considerada um tipo de investimento. O ponto da questão é se esse tipo de aplicação é atualmente viável diante de tantas outras modalidades para investir. Ainda assim, é difícil querer investir sem ter poupado um montante antes.

Para isso, é muito importante ter noção sobre planejamento financeiro e como isso pode afetar sua vida. Um dos significados de poupar é “gastar com parcimônia”, ou seja, saber gerir muito bem aquilo que você recebe e tentar fazer com sobre uma parte para ser guardada para determinada finalidade.

Como já mencionamos, uma das formas mais conhecidas de colocar essa sobra é colocar na poupança. Mas será que esse é o melhor lugar para colocar o dinheiro? Para entender melhor, vamos conhecer como funciona essa aplicação.

Poupança

A poupança é uma modalidade presente em quase todos os bancos onde você aplica seu dinheiro e a instituição paga juros de acordo com o capital e tempo investido. Nas regras atuais, com Selic menor que 8,5% ao ano, esse rendimento equivale a 70% da Selic. 

Os ganhos são diários, mas eles só são debitados uma vez no mês. Embora a liquidez seja diária, ou seja, você pode retirar o dinheiro quando quiser, a rentabilidade pode ser prejudicada caso essa retirada aconteça antes da data aniversário do rendimento.

Apesar desse tipo de investimento estar livre da cobrança de imposto de renda, a poupança tem dado muito pouco resultado. Isso porque nossa taxa básica de juros caiu consideravelmente nos últimos anos e, consequentemente, os ganhos conseguidos pela poupança também caíram.

Em contrapartida, os índices de inflação não tiveram as mesmas quedas. Resumindo: os ganhos não superam mais a inflação, ou seja, colocar dinheiro na poupança é perder dinheiro.

No entanto, isso não é um problema para quem quer salvar seu dinheiro dessas perdas. Existem várias modalidades de investimento que possuem a mesma segurança da poupança, mas com rendimentos muito superiores.

Investimentos

Mais seguro que a poupança, existe a possibilidade de investir nos papéis públicos emitidos pelo próprio Tesouro Nacional. Isso porque existe um programa criado em 2002 feito para promover educação financeira e financiar projetos do governo: o Tesouro Direto. A grosso modo funciona assim: o Estado paga juros em cima do dinheiro investido.

Dentre as categorias disponíveis, a mais parecida com a poupança é chamada de Tesouro Selic. Nesta modalidade, é possível fazer retiradas a qualquer momento e – diferente da poupança – os rendimentos são acrescidos diariamente e rendem 100% da Selic.

Outra possibilidade de investimento são os famosos CDBs, sigla que significa Certificado de Depósito Bancário. É um tipo de aplicação muito fácil de ser feito, pois é muito divulgado pelos bancos e alguns possuem liquidez diária e rendimentos muito vantajosos se comparados com os da poupança. Além disso, contam com a segurança do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) que dão um aporte financeiro de até R$ 250 mil por CPF caso o banco emissor passe por problemas.

Ainda assim, é importante lembrar que existem muitas outras possibilidades de investimento que contam com características muito semelhantes à poupança. Por isso, é fundamental que você conheça quais são seus objetivos e adequar suas metas com as categorias disponíveis. Por todos esses motivos, podemos concluir que é possível poupar e investir simultaneamente.