Uma bolha imobiliária é algo muito grave, que pode afetar o mercado de imóveis e gerar graves crises financeiras. Um dos exemplos mais conhecidos foi a crise do subprime, que começou nos Estados Unidos em 2007 e, no ano seguinte, afetou toda a economia global.
Entenda a crise do subprime neste artigo.
Neste artigo, entenda como se forma uma bolha imobiliária, e descubra se isso pode acontecer também no Brasil.
O que causa uma bolha imobiliária?
A bolha imobiliária acontece quando há um aumento exagerado e rápido no preço dos imóveis, que passam a não refletir o valor real desses ativos. Como o próprio nome sugere, o que ocorre depois dessa alta é o “estouro da bolha”, ou seja, a queda repentina dos preços, e isso traz grandes prejuízos aos investidores, instituições financeiras e ao mercado como um todo.
E por que os preços dos imóveis aumentam tanto?
A combinação de vários fatores pode ocasionar o aumento do preço dos imóveis acima do que realmente valem.
Juros baixos e crédito demasiadamente facilitado, por exemplo, podem gerar uma euforia no mercado e levar milhares de pessoas ao consumo excessivo. Isso atinge não só os compradores dos imóveis, mas também as construtoras, pois os materiais de construção também se tornam mais baratos.
Esse excesso de consumo leva à especulação, e essa é, inclusive, uma das causas mais frequentes dasgrandes crises financeiras mundiais.
No caso das bolhas imobiliárias, em algum momento os preços dos imóveis começarão a cair, pois eles estão sobrevalorizados. Isso fará com que muitos investidores, que pagaram por esses imóveis mais do que eles realmente valiam, percam dinheiro. E, quanto mais tempo tiver durado a bolha, mais danosos serão os seus efeitos para a economia, e mais tempo levará para que o mercado imobiliário restabeleça o seu equilíbrio.
Existe uma bolha imobiliária no Brasil?
De 2009 a 2014, ocorreu uma forte valorização imobiliária no Brasil. Nesse período, que ficou conhecido como o “boom imobiliário” do país, a valorização média anual dos imóveis chegou a quase 25%.
No entanto, a partir de 2015, o percentual de valorização caiu para menos de 1% ao ano, até que, em 2017, atingiu patamares negativos. Desde então, temos as seguintes taxas negativas de valorização imobiliária:
2017: -,050%
2018: -0,20%
2019:-0,10%
(Fontes: Fipezap e BC)
Ou seja, ao contrário do que acontece em uma bolha imobiliária, hoje o Brasil ainda sofre com a desvalorização dos imóveis, agravada pela crise da pandemia do novo coronavírus.
Além disso, mesmo quando a economia reaquecer, a forte regulamentação do mercado financeiro no Brasil acaba não dando espaço para que aconteça uma bolha imobiliária. Bancos e construtoras são muito criteriosos na análise do perfil de clientes para crédito imobiliário, o que faz com que os financiamentos sejam concedidos para quem, efetivamente, tenha condições de pagá-los. Por isso, analistas e economistas pensam ser pouco provável que ocorra uma bolha imobiliária por aqui.
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