A Taxa Interna de Retorno (TIR) é muito utilizada por investidores para avaliar a viabilidade de uma aplicação financeira, isto é, se ela será boa ou ruim no futuro.
Em outras palavras: quando realizamos um investimento, a nossa expectativa é de que o nosso retorno seja maior do que o valor que gastamos, certo? Caso contrário, não terá valido a pena investir. Pois bem, é exatamente esse o papel da TIR, mostrar para o investidor qual deve ser a taxa de retorno para que compense fazer a aplicação.
Como calcular a TIR
Antes de calcularmos a TIR, é importante conhecermos o conceito de Valor Presente Líquido (VPL).
Digamos que você esteja pensando em fazer um projeto financeiro de três anos. Você precisa saber quanto esse projeto trará de retorno em cada um dos três anos, certo? É para isso que serve o VPL.
Ou seja, o VPL traz para a data atual quais serão os fluxos de caixa desse investimento. Isso permite que você saiba que, se fizer o seu projeto hoje, ele trará um retorno de X no primeiro ano, Y no segundo, e assim por diante.
Não desenvolveremos a fórmula do VPL aqui (assunto para outro post 😉), a ideia foi só apresentarmos o conceito, pois ele é um dos componentes da TIR.
Voltando à TIR, a sua fórmula é a seguinte:
Onde:
VP = Valor Presente Líquido (deve ser sempre igual a zero)
Capital = valor do investimento inicial
N = número total de períodos a serem analisados (meses ou anos)
Ft = valor da entrada de dinheiro em cada período
i = taxa interna de retorno
Como interpretar a Taxa Interna de Retorno
Para utilizar a Taxa Interna de Retorno na análise de um investimento, ela deve ser comparada com uma taxa mínima de atratividade (TMA). Essa taxa corresponde à rentabilidade mais fácil que se pode conseguir com um mínimo de risco.
Dessa forma, podemos chegar a três diferentes resultados:
1 – Se a TIR for igual à TMA, significa que é indiferente fazer o investimento planejado, pois existem outras aplicações que podem dar o mesmo retorno com o mesmo nível de risco.
2 – Se a TIR for menor do que a TMA, significa que existem no mercado outras modalidades de investimento mais rentáveis. Logo, ele não compensará.
3 – Por fim, se a TIR for maior do que a TMA, quer dizer que o investimento é atrativo, pois a sua rentabilidade é maior do que a de uma aplicação livre de risco.
Vantagens e desvantagens da TIR
Uma das maiores vantagens de utilizar a TIR é a sua facilidade de interpretação. Além disso, ao trazer a valor presente o fluxo de caixa futuro, ela está considerando o valor do dinheiro no tempo.
Por outro lado, a TIR não se aplica a fluxos de caixa mais complexos. Além disso, ao demonstrar somente o retorno esperado, a taxa não demonstra o risco do investimento. Por isso, assim como qualquer outro indicador financeiro, ela não deve ser considerada isoladamente na hora de tomar uma decisão.
Neste artigo, conheça outros indicadores importantes para análise de investimentos.