O Modelo Black-Scholes, também conhecido por modelo de precificação de opções, tem por objetivo encontrar os preços justos dessas opções, de forma que sejam favoráveis a uma previsão de valor futuro.
Tal modelo foi criado pelos economistas Fischer Black e Myron Scholes, os quais foram vencedores de um Prêmio Nobel de Economia. Os criadores do modelo adaptaram uma fórmula da Física a fim de descrever um fenômeno financeiro que é a precificação de derivativos.
É utilizado para identificar o valor teórico das opções levando em conta uma série de condições mutáveis, as quais são: os custos atuais do ativo, custo de exercício da opção, taxas de juros projetadas, tempo de vencimento e volatilidade esperada.
A partir da obtenção do resultado, há a possibilidade de precificar, com grande probabilidade de acerto, o valor mais adequado e em supostas condições até esboçar preços futuros.
Como dito anteriormente, o modelo trata de cinco variáveis, como:
- Volatilidade implícita;
- Taxa de juros (SELIC no caso brasileiro);
- Dias para o vencimento do contrato;
- Custo do ativo objeto;
- Custo da opção.
A essência da fórmula
Há dois pontos fundamentais que mais são estimados por trás do modelo de Black-Scholes: o retorno esperado e a volatilidade.
Retorno esperado é o que temos programado devido a precificação, e volatilidade diz respeito às oscilações de custos.
Retorno esperado
O retorno é configurado levando em conta o risco que determinada opção apresenta, proporcionalmente dizendo, quanto maior o risco, maior tende a ser o retorno. Tal retorno está diretamente ligado às taxas de juros da economia, as quais influenciam demasiado a rentabilidade esperada.
Volatilidade
A volatilidade, variável de maior peso na precificação uma vez que é eliminado o fator temporal para o exercício, está ligada ao poder de mudança nos preços das opções, ou seja, exprime incertezas em relação ao retorno esperado.
O cálculo de Black&Scholes
Não é todo preço de opção que pode ser calculado através da fórmula, há uma exceção, a opção precisa ser do tipo Europeia, sobre o qual, o detentor da opção só pode exercer direito de contrato na data do exercício.
Já nas modalidades de opção americana, ao contrário da do tipo Europeia, a fórmula não funciona bem, pois o detentor pode exercer o seu direito da opção a qualquer momento.
Mesmo considerando as opções europeias, o modelo apresenta algumas premissas:
- As especificações do custo da ação corresponde a um modelo de distribuição de probabilidade contínua com desvio padrão e média constante;
- Não existe cobranças do tipo de impostos ou custos de transação;
- Os contratos são divisíveis;
- Não há arbitragem possível;
- A negociação de títulos e ações é contínua;
- Todos os investidores possuem as mesmas condições de taxa livre de risco;
- A taxa de juros livre de risco no curto prazo não é variável.
A Fórmula de Black-Scholes
A fórmula para o cálculo da precificação é dada conforme a seguinte lei:
Legenda:
c = preço da opção de compra;
p = preço da opção de venda;
S = preço da ação;
K = preço de exercício;
r = taxa de juros livre de risco;
T = tempo para o vencimento;
σ = volatilidade do preço da ação;
N = representa a distribuição normal.
Muitas ferramentas realizam esse cálculo de forma rápida e simples, não é necessário fazer manualmente, basta inserir os valores referentes a cada variável e obter o resultado final.
O modelo de Black-Scholes é o mais utilizado mundialmente a fim de precificar opções europeias, devido a possibilidade de conseguir chegar o mais perto possível do preço real futuro.