Fundo de papel é um fundo de investimento que tem seu foco de atuação, em sua maioria, em ativos de renda fixa voltados para o setor imobiliário.
No todo, é considerado um investimento de alta segurança, em se tratando de volatilidade e rentabilidade, devido aos ativos de renda fixa investidos neste tipo de fundo, que são LCI (Letras de Crédito Imobiliário), LH (Letras Hipotecárias) e CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários).
Para entender melhor o que é cada um destes ativos, é importante defini-los da seguinte maneira:
- CRI: É um mecanismo usado para captação de recursos para financiar transações no mercado imobiliário. É um título de renda fixa que funciona como uma “promessa” de pagamento futuro.
- LCI: São títulos lastreados em crédito imobiliário, emitidos por instituições financeiras que pagam o investidor por um prazo pré definido no momento da compra. O investidor está emprestando dinheiro ao mercado imobiliário, para recebê-lo em troca no futuro.
- LH: São títulos de investimento em renda fixa, que são lastreados em crédito imobiliário. São títulos emitidos por bancos, hipotecas etc.
Por isso são considerados investimento de baixo risco, pois cada fundo de papel tem uma diversificação destes ativos citados, ou seja, a renda fixa já é mais segura e o fundo de papel acaba por diversificar variados ativos de renda fixa, diminuindo ainda mais o risco.
Porém, por este motivo, possuem uma oscilação de preços muito pequena, tendo um foco maior no ganho com os dividendos distribuídos aos cotistas. Além do que, o fundo de papel possui uma liquidez de 3 dias e possuem isenção da tributação do imposto de renda, tornando-se assim, um ativo bem atrativo.
Bons fundos de papel, historicamente, possuem rendimentos bem acima do CDI, portanto para uma carteira de longo prazo, pode ser um ótimo mecanismo para gerar caixa para o investidor realizar novos investimentos e se proteger da inflação.
Vale a pena investir em fundos de papel?
Em tempos de crise, grande parte dos ativos da bolsa de valores sofrem uma enorme oscilação negativa, uma vez que as empresas passam por sérios problemas e acabam tendo que reduzir a distribuição de lucros.
Isso faz com que a renda variável perca e muito em rendimento para o CDI e para a inflação.
Porém, os fundos imobiliários de papel, por terem alguns papéis indexados a inflação e por se beneficiarem das taxas de juros, pois os juros tendem a ficar mais altos em momentos de crise, acabam entregando um resultado bem positivo nesses momentos, tanto em forma de dividendos, como na própria valorização das cotas.
Para comprar um fundo de papel, basta acessar o home broker de qualquer corretora e pesquisar pelo código do fundo. É importante se atentar para as taxas cobradas em específico por cada corretora, porém algumas já oferecem taxas, de administração por exemplo, zeradas, como é o caso da corretora Rico e da corretora Clear.
Portanto, é um bom ativo para se ter na carteira, seja para momentos de crise ou de calmaria, pois em momentos de crise torna-se uma margem de balanceamento positivo da carteira, já nos momentos de calmaria, é um ativo para acúmulo de dividendos e baixa volatilidade, encaixando perfeitamente no perfil de um investidor de longo prazo, que busca segurança e rentabilidade.