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Teste de impairment: para que serve e como fazer?

Também conhecido como teste de recuperabilidade, o impairment serve para descobrir quanto um ativo continua valendo após a sua utilização.

A palavra pode parecer estranha, mas certamente você já viu ou viveu alguma situação na qual pode observar os efeitos do impairment.

Para entender por que fazer o teste de recuperabilidade, vejamos um exemplo:

Exemplo de teste de impairment

Na data de hoje, você trocou o seu celular pelo último iPhone, e pagou R$ 5 mil pelo aparelho. Suponha que, daqui a 6 meses, a Apple atualize a tecnologia desse modelo e ele seja relançado no mercado pelo mesmo preço que você pagou.

Nessa situação, você acha que o seu iPhone continuará valendo os mesmos R$ 5 mil? Logicamente não, certo?

Nesse caso, o modelo atualizado fez com que o seu aparelho ficasse defasado no mercado. Por isso, se você quisesse trocá-lo novamente, não conseguiria obter por ele o valor que pagou.

Esse é um bom exemplo de teste de impairment, e ele serve, também, para alguns ativos das empresas. Isso porque a contabilidade determina que um ativo deve ser registrado pelo valor de realização, que é o que efetivamente se conseguiria por ele no momento da venda.

Como fazer o teste de recuperabilidade dos ativos de uma empresa

A primeira coisa a fazer é encontrar o valor recuperável dos ativos, que é o maior entre o valor justo e o valor em uso. Vamos entender esses dois conceitos:

Valor justo

Corresponde ao quanto a empresa receberia pelo ativo no caso de uma venda. Ou seja, são as condições de mercado que estabelecem o valor justo.

Valor em uso

Também chamado de valor presente líquido (VPL), é obtido a partir de uma projeção de fluxo de caixa originada pelo uso do bem por um determinado tempo. 

Esse cálculo é mais complexo do que o do valor justo, e é feito para bens intangíveis, como softwares, por exemplo.

Quando é necessário fazer o teste de recuperabilidade e quais ativos são avaliados?

A princípio, não há um prazo legalmente definido para realizar esse teste. A empresa deve fazê-lo sempre que achar que seus ativos de longa duração possam ter perdido valor.

Porém, existem situações bem específicas nas quais a empresa é obrigada a fazer o impairment. São elas:

  • quando parte dos ativos forem vendidos;
  • nos casos de depreciação acelerada ou obsolescência;
  • nos casos de fechamento ou falência.

A legislação contábil determina que as aplicações financeiras, os bens do ativo imobilizado e do intangível e os imóveis não contabilizados pelo valor justo sejam sujeitos ao impairment

Importância do teste de impairment

Além de ser obrigatório por lei para as companhias de capital aberto, o teste auxilia a deixar o balanço mais próximo da realidade. Por isso, ele é uma importante ferramenta gerencial para as empresas.

Do ponto de vista dos investidores, o teste de recuperabilidade dá uma dimensão mais fidedigna sobre a real situação patrimonial da empresa.

No entanto, como qualquer indicador, ele deve ser utilizado em conjunto com outros índices.

Quer saber mais sobre indicadores de análise de uma empresa? Veja esse artigo  sobre análise fundamentalista.


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