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Crise dos Mercados Emergentes: o que foi e como afetou a economia?

A partir de 1994, diversas crises atingiram sucessivamente alguns mercados emergentes. Os eventos iniciaram na América Latina, mas alcançaram também países do sudeste asiático.

O primeiro país a ser afetado pela crise dos mercados emergentes foi o México. Por isso, o acontecimento também ficou conhecido como Efeito Tequila.

A seguir, veja como começou essa crise, e quais países emergentes foram atingidos.

Como começou a crise dos países emergentes?

Em 1994 foi criado o Nafta (Acordo Norte-Americano de Livre Comércio), formado pelos Estados Unidos, Canadá e México. A ideia era a criação de uma zona de livre comércio, na qual não existiriam tarifas de importação.

Desde o início, sempre houve uma disparidade econômica entre o México e os outros dois representantes do bloco.

O real motivo da criação do Nafta foi a intenção dos EUA e Canadá de instalarem suas empresas no país latino, para usufruir de benefícios fiscais, além de mão de obra e matéria-prima baratas.

No entanto, essa diferença entre o México e os outros dois parceiros parece ter sido ignorada pelos investidores na época.

Afinal, em função da abertura econômica iniciada nos anos 80, o PIB mexicano crescia aproximadamente 4% ao ano, e a sua entrada no Nafta animou ainda mais o mercado a investir no país.

Porém, a instabilidade política crescia no México. O governo de Carlos Salinas (1988 a 1994) foi marcado por escândalos de corrupção.

Além disso, os frequentes conflitos agrários e indígenas, e o assassinato do líder nas pesquisas presidenciais, Luís Donaldo Colosio, deflagraram o início da desconfiança internacional em relação ao país.

O agravamento dos problemas mexicanos

Todos esses acontecimentos deixaram os investidores em alerta. Além disso, a vinculação do peso ao dólar que o governo Salinas instituiu fez com que várias indústrias quebrassem, e isso ocasionou um grande déficit comercial para o país.

Por tudo isso, o investimento estrangeiro do México começou a desaparecer. Para tentar conter a fuga de capitais, o governo mexicano queimou reservas e desvalorizou o peso. Em 1995, mesmo com US$ 50 bilhões de socorro liberados pelo FMI, o país entrou em forte recessão, com queda de mais de 6% do PIB no ano.

Outros países emergentes que tiveram crises nos anos 90

Em 1997, houve a segunda fase da crise dos emergentes, dessa vez no sudeste asiático.

Desde o final dos anos 80, a região crescia mais de 6% ao ano. No entanto, havia vários problemas nas economias locais, como endividamento externo e facilidade no crédito interno para estimular o crescimento.

Essas dificuldades fizeram com que, mediante um acordo internacional feito em 1995, as moedas do Japão e China se desvalorizassem frente ao dólar americano. Dessa forma, as exportações desses países se tornaram menos competitivas, o que também causou recessão na economia local.

Com a fragilidade da economia, vários ataques especulativos passaram a atingir a região. Na sequência, Tailândia, Coreia do Sul e Malásia também tiveram as suas economias atingidas.

A crise na Ásia acabou atingindo também a Rússia. Isso porque reduziu a demanda por petróleo e minerais não ferrosos, que são importantes produtos de exportação para o país.

Esse foi um resumo da crise dos mercados emergentes que ocorreu na década de 90. Se você quiser saber mais a respeito desse evento, ou de outras crises financeiras, deixe aqui os seus comentários!


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