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Risco operacional: o que é e como avaliar?

Segundo a Resolução 3.380, considera-se risco operacional “a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos“.

Portanto, o risco operacional pode ter origem em:

  • Falhas: aqui o sentido se dá para algo mais operacional, não intencionado, ou seja, um erro humano, um sistema com defeito, etc;
  • Deficiências: a falta, nesse caso, é estrutural, ou seja, pode ser que não haja um setor ou pessoa responsável por determinada operação ou alguma tarefa julgada essencial, como por exemplo, um plano contingencial, um setor de gerenciamento de processos, de riscos, etc;
  • Inadequações: quando há a existência de um padrão, mas acontece um descumprimento dessa regra.

Premissas

O risco operacional está presente em todos os processos internos da empresa e pode ser decorrente de falhas operacionais em qualquer etapa destes processos, sejam estas de caráter humano, tecnológico ou de modelagem.

Outro aspecto importante é que todos os níveis hierárquicos da empresa entendam que têm papéis e responsabilidades em relação à gestão do risco operacional em suas atividades para a eficácia na sua gestão.

O adequado gerenciamento do risco operacional está diretamente relacionado ao conhecimento dos processos internos existentes na empresa. Desse modo, a empresa deve manter-se permanentemente atualizada, especialmente naqueles considerados críticos, mantendo seus riscos operacionais identificados, avaliados, monitorados e controlados.

A implementação de controles internos é fundamental para a gestão eficiente do risco operacional. Quando bem definidos, podem auxiliar a empresa a minimizar a probabilidade de incorrer em grandes perdas financeiras, seja por meio da redução na probabilidade de erros humanos, seja na redução das falhas e irregularidades em processos e sistemas.

Eventos de risco operacional

Os eventos de risco classificam-se em: perda efetiva, quase-perda, custos de oportunidade e receitas perdidas decorrentes de situações que podem ter resultado em eventos de risco operacional.

São classificados como eventos de perda efetiva aqueles cuja manifestação causou perda financeira ou contábil para a empresa, refletindo diretamente no resultado.

Os eventos de quase perda são eventos de risco operacional que não causaram perda efetiva por conta da intervenção de agente interno ou externo. Neste caso, a intervenção mencionada é essencial para impedir uma perda efetiva.

Devem ser identificados e monitorados por indicarem fragilidades que devem ser corrigidas.

Os eventos de custo de oportunidade são aqueles que venham a impedir a condução de negócios.

Os eventos de receitas perdidas são lucros cessantes em virtude de ocorrências de risco operacional.

Como mitigar os riscos operacionais?

O artigo 3º da Resolução 3.380, a fim de mitigar os riscos, apresenta o que deve estar previsto na estrutura de gerenciamento do Risco Operacional:

I – identificação, avaliação, monitoramento, controle e mitigação do risco operacional;

II – documentação e armazenamento de informações referentes às perdas associadas ao risco operacional;

III – elaboração, com periodicidade mínima anual, de relatórios que permitam a identificação e correção tempestiva das deficiências de controle e de gerenciamento do risco operacional;

IV – realização, com periodicidade mínima anual, de testes de avaliação dos sistemas de controle de riscos operacionais implementados;

V – elaboração e disseminação da política de gerenciamento de risco operacional ao pessoal da instituição, em seus diversos níveis, estabelecendo papéis e responsabilidades, bem como as dos prestadores de serviços terceirizados;

VI – existência de plano de contingência contendo as estratégias a serem adotadas para assegurar condições de continuidade das atividades e para limitar graves perdas decorrentes de risco operacional;

VII – implementação, manutenção e divulgação de processo estruturado de comunicação e informação.

Portanto, havendo um bom controle de risco operacional, a empresa consegue mitigar os riscos e perdas eventuais ocorridas pela falta de mapeamento do negócio.

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