A distorção de mercado e de preço é uma teoria que se contrapõe à ideia de que os valores dos ativos e empresas não refletem a realidade econômica. Ou seja, de acordo com essa hipótese, o mercado não é eficiente ao precificar um título.

Por meio disso, muitos investidores conseguem fazer dinheiro lucrando com as altas e baixas do mercado. Os chamados “traders” são pessoas que se profissionalizaram operando no mercado financeiro tentando aproveitar as distorções de preços dos ativos.

Todo esse trabalho se dá em torno da arbitragem relacionada a algum investimento disponível. Portanto, para que esta metodologia funcione, o investidor deve ter uma noção de quanto é o preço justo de determinado ativo.

Por exemplo, depois de ler relatórios trimestrais de uma empresa e analisar o cenário positivo do setor, um investidor acredita que as ações dessa companhia deveriam valer mais, ou então que, em algum momento, esse preço deverá subir.

Logo, ele investe parte do seu patrimônio nesses ativos, com a ideia de que no médio ou longo prazo, eles irão se valorizar. Quando isso acontecer, o investidor poderá vendê-los e efetuar algum lucro.

É essa lógica que permeia grande parte das pessoas que tentam tirar proventos do mercado financeiro. Ainda que, a grosso modo, isso parece especulação, essa técnica se baseia em análises gráficas e fundamentalista para tomadas de decisões.

Existem profissionais gabaritados que fazem das distorções do mercado seu trabalho diário. Ou seja, isso exige muito acompanhamento da economia e controle contínuo das oscilações de preços.

Os rendimentos por meio da distorção de mercado e de preços podem ser feitos por meio da compra e venda de ações, câmbio, fundos imobiliários e diversos outros tipos de investimento que variam seus preços.

Portanto, toda ideia se contrapõe à famosa hipótese do mercado eficiente, que diz que os preços sempre refletem o real valor dos ativos e instituições.

O que é a hipótese do mercado eficiente?

 A hipótese do mercado eficiente surgiu na década de 60 com a ideia de que os preços representam a realidade da oferta e demanda. Ou seja, de acordo com esse conceito, os investidores são incapazes de fazer deduções sobre a economia.

Esse pensamento foi desenvolvido pelo economista americano Eugene Fama. Toda sua tese se baseia no fato de que as informações públicas das empresas interferem nas negociações de todo mercado.

Ou seja, se um investidor desconfia que uma determinada ação vai subir de preço, outros também pensarão da mesma forma. Com isso, a demanda aumenta e os valores sobem automaticamente. Ou seja, os preços refletem as informações que todo o mercado tem.

Essa hipótese refuta qualquer possibilidade do investidor vencer o mercado financeiro como um todo. Uma vez que as informações das empresas com capital aberto são sempre públicas.

De acordo com essa ideia, os investimentos mais rentáveis são aqueles que estão atrelados a índices econômicos que acompanham o mercado como um todo, como o Ibovespa ou o S&P 500.

A polêmica em torno dessa ideia é que os grandes investidores sempre conseguem bater esses índices e ter resultados muito mais expressivos. A lógica que eles usam é justamente a ideia contrária ao mercado eficiente: os conceitos de distorção de mercado.