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Como funcionou a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro?

O mercado financeiro nacional hoje se encontra concentrado em uma única Bolsa de Valores, a B3, de São Paulo. Entretanto, por mais de 100 anos, a bolsa de São Paulo teve uma forte concorrente: a bolsa de valores do Rio de Janeiro (BVRJ).

A bolsa carioca surgiu ainda durante o período imperial, na década de 1820 e abrigou, durante os séculos XIX e XX, a maior parte dos investimentos e de negociações brasileiras, antes da Bovespa, hoje B3, dominar o mercado. 

Durante todo o tempo em que esteve em funcionamento, a bolsa passou por várias crises e modelos econômicos, superando todos esses períodos problemáticos. Na década de 1970, porém, começou a perder o fôlego financeiro, tendo encerrado seus pregões no começo dos anos 2000.

Momentos que marcaram a BVRJ

A bolsa carioca acompanhou o crescimento de alguns setores econômicos do Brasil durante o período em que funcionou. Por exemplo, na década de 1850, os produtos manufaturados possuíam grande relevância nos pregões.

No final daquele século, foi a vez dos bancos (como Banco da República, Banco da Província de São Paulo, Banco do Comércio) serem responsáveis pela maior parte das negociações. As companhias de estradas de ferro, por sua vez, dominaram os investimentos no início do século XX.

Na metade do século passado, o crescimento do mercado e da BVRJ deu-se em função da oferta de títulos de crédito para financiamento de obras, através de uma ação criada pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Em 1965, era possível deduzir o imposto de renda na condição de que os valores fossem investidos no mercado de ações.

Índice da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (IBV) e a queda da Bolsa

O principal indicador de desempenho das ações negociadas hoje no Brasil é o famoso Ibovespa. Mas nem sempre foi assim. Ao longo de várias décadas, era através do IBV (Índice da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro) que os investidores podiam conferir a atuação das empresas mais importantes do mercado de capitais brasileiro.

O cálculo do IBV tinha por base uma carteira com as ações das organizações que possuíam maior liquidez, redefinindo as instituições que compunham a cada três meses.

Após várias décadas como a Bolsa mais importante do país, a BVRJ perdeu essa posição para a Bolsa de São Paulo em 1989. Em 1995, os leilões de privatização de empresas estatais são lembrados como o marco final da Bolsa carioca.

No início dos anos 2000, a BVRJ já estava com seu poder de liquidez extremamente fragilizado. Enquanto a Bovespa movimentava mais de R$ 500 milhões por dia, a BVRJ não conseguia negociar nem R$ 10 milhões diários.

Isso fez com que a bolsa carioca desistisse do mercado de ações e negociasse apenas títulos públicos. A Bolsa de Valores do Rio de Janeiro foi comprada pela BM&F em 2002 (e logo pela BM&F Bovespa). Desde então, todas as negociações de ações no país estão centralizadas na B3 em São Paulo.


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