COPOM (Comitê de Política Monetária): qual a função?

O Comitê de Política Monetária (COPOM) é o responsável por estabelecer as diretrizes do sistema financeiro do Brasil. Desde a sua criação em 1996 pelo Banco Central, o Copom dita os principais rumos econômicos, como a taxa básica de juros e os relatórios sobre inflação.

A criação do Comitê foi inspirada num órgão similar dos EUA, que também busca promover maior transparência para as decisões das equipes econômicas. Desde então, as políticas do Copom foram aperfeiçoadas ao longo do tempo.

Em 1999, por exemplo, com a implementação das metas de inflação, o Copom passou a ter o controle inflacionário como principal objetivo.

É um dos órgãos reguladores mais importantes da nossa economia, pois suas decisões influenciam diretamente no poder de compra, nos valores da nossa moeda e nos rumos do mercado financeiro. As reuniões acontecem a cada três meses e impactam nos ânimos dos investidores e nas suas decisões.

Resumidamente, as ações do Copom visam controlar a política nacional para que a inflação acompanhe as metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional. Para isso, divulga mensalmente importantes relatórios sobre o índice de preços e também atua diretamente definindo a taxa base de juros da economia, a Selic. 

O Copom é quem define a taxa Selic

A principal taxa de juros da nossa economia, a Selic, é definida pelo Copom em reuniões que acontecem a cada 45 dias. A sigla significa Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC) e é a referência básica de muitas decisões de instituições financeiras, como empréstimos, financiamentos ou investimentos.

O Comitê estipula esse valor de acordo com a média de juros que o governo paga por empréstimos. Ou seja, quanto maior a taxa, melhor o cenário para investimentos em títulos públicos e vice-versa.

Como acontecem as reuniões do Copom?

Um dos objetivos da criação do Copom é promover a transparência sobre como acontecem as reuniões das políticas econômicas. Por conta disso, são emitidos vários relatórios emitidos e atas de todos os encontros. Tudo isso para demonstrar que as decisões não são tomadas de maneira arbitrária.

Ao todo, acontecem oito reuniões anuais com frequência de 45 dias – como já mencionamos anteriormente. Geralmente, o encontro dura dois dias seguidos e as datas são agendadas muito previamente – todas as reuniões de 2021, ano que vem, já possuem datas.

As pautas se dividem entre as apresentações de relatórios e as deliberações quanto à taxa Selic. A primeira parte da reunião cita dados sobre inflação, contas públicas, balança comercial, expectativas macroeconômicas e diversas outras informações importantes sobre o cenário econômico brasileiro e mundial.

Depois de apresentados os relatórios, no segundo dia, os membros do Comitê decidem por votação em maioria simples a meta da taxa Selic. As deliberações são comunicadas no mesmo dia, às 18h, na internet e as atas são disponibilizadas posteriormente – de forma bem transparente e clara.

O Comitê é composto pelos presidentes e diretores do Banco Central e outros importantes membros de órgãos econômicos. Todos eles têm direito a voto e suas escolhas são publicadas na ata da reunião.

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