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Antifrágil: entenda esse conceito nos investimentos

O termo antifrágil ficou bastante conhecido em razão do livro Antifrágil: coisas que se beneficiam com o caos, de Nassim Nicholas Taleb, e vem sendo tratado como uma prática muito importante no mundo dos investimentos – e além do mercado financeiro, também.

Mas o que é antifrágil?

 O termo antifrágil não existe, portanto foi cunhado por Taleb, mas antes de explicar o que é antifrágil propriamente dito, vou apresentar a tríade que o autor destaca em seu livro.

FRÁGIL / ROBUSTO / ANTIFRÁGIL

Taleb diz que o frágil deseja tranquilidade, o antifrágil cresce com a desordem e o robusto não se importa muito. O autor conta que nunca encontrou um termo que pudesse ser considerado, de fato, como o antônimo de frágil.

Todas as palavras que, de certa forma se aproximavam da definição, acabavam transmitindo um sentido neutro, sendo classificadas, então, como robustas.

No sentido literal da palavra, podemos definir frágil como algo que se quebra ou se despedaça facilmente. Já o robusto, é interessante entender a ideia do autor, pois ela vai remodelar o nosso sentido de definição oposta de fragilidade.

Se fossemos definir o antônimo de frágil, certamente seria algo relacionado à força, resistência, capacidade de suportar o externo sem sofrer alteração, mas isso, na visão de Taleb, se encaixa em robusto, e não em antifrágil.

O que Taleb argumenta é que, dizer que algo resistente é o oposto de frágil é como dizer que neutro é o oposto de negativo. Portanto, ao buscar somente a resistência, a melhoria não virá como consequência, pois o que ele chama de robusto não evolui com o caos.

Por outro lado, o antifrágil, ao sofrer exposição ao caos, irá encarar a adversidade para se aperfeiçoar. Portanto, a ideia é que não evitemos a desordem, uma vez que é com base nela que buscaremos o aperfeiçoamento.

Qual a relação de antifrágil com os investimentos?

A estratégia Barbell

Essa é uma das ideias de Taleb mais comentadas. Basicamente, ele diz que devemos alocar a maior parte dos nossos recursos em investimentos de baixo risco e, o restante em investimentos muito agressivos (com altíssimo risco).

A estratégia de investimento consiste, portanto, em fazer alocações nos extremos (baixo risco e altíssimo risco), enquanto o médio risco deve ser evitado, pois não compensa os fatores risco x retorno.

A título de exemplo, a ideia de alocação que ele quer transmitir é mais ou menos a seguinte:

BAIXO RISCO
MÉDIO RISCO
ALTÍSSIMO RISCO
80%
0%
20%

Ganhos ilimitados, perdas limitadas

Uma outra estratégia que pode ser comentada a partir das explanações de Taleb é que devemos focar em investimentos que possuem potencial de retorno ilimitado, mas com potencial de perda limitada.

Podemos citar como exemplo as ações, pois o máximo que se pode perder do capital é 100% de seu valor, sendo que os ganhos são ilimitados.

O contrário dessa premissa seria, por exemplo, uma venda descoberta de opções do tipo call, pois os ganhos são limitados, mas as perdas ilimitadas.

As ações, nesse caso, são antifrágil, e a venda descoberta de opções do tipo call, frágil.

Improbabilidades

De maneira interpretativa, outra forma que podemos utilizar estrategicamente sua ideia é nas situações que parecem improváveis.

Imagine, por exemplo, uma empresa na qual está passando por um momento de crise no que diz respeito à governança corporativa. Isso quer dizer, então, que há uma quebra de confiança na relação entre empresa x investidor.

Dada essa situação, o que provavelmente acontecerá é uma queda nas ações da empresa, pois alguns investidores, pela quebra de confiança, vão se desfazer dos ativos.

Após esse momento crítico, o que possivelmente pode acontecer é a empresa renovar a gestão para que os erros sejam corrigidos, logo, o efeito dessa experiência ruim pode se tornar um caso bem-sucedido caso sejam feitas ações corretivas de alto nível.

Os investidores, portanto, que alocaram seus recursos no momento de crise, podem ser favorecidos em função de valorização posterior.

Então, nesse caso, a oportunidade é duplamente positiva: a empresa que se renova e o investidor que aproveita do momento de baixa para investir e ganhar posteriormente.

Veja, não significa que você deve comprar qualquer ação que caia, ok? A decisão não é tão fria assim.

Conclusão

Nassim Nicholas Taleb é uma personalidade bastante comentada, inclusive elogiada por vários nomes importantes do mercado, mas há também os críticos.

Entenda que nenhuma estratégia de investimentos é absoluta, desse modo, o que se tem de fazer é buscar a que mais tem aderência ao seu perfil e, claro, executá-la com base em conhecimentos.

A mensagem que Taleb quis passar não é só aplicável no mundo dos investimentos, mas sim em um modo geral, pois sua filosofia se encarrega de raciocínio crítico e atitude ativa em relação aos fatos que incidem em nossa vida.

O que eu diria é: seja nos investimentos, seja em qualquer outro cenário, permita a desordem e use ela para se aprimorar! É do caos que evoluímos, desde os séculos passados. Se a humanidade tivesse sido frágil ou robusta durante toda a história, consegue imaginar como possivelmente seria o hoje?

E aí, você se beneficia do caos?


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