O Certificado de Operações Estruturadas (ou simplesmente COE) é um investimento que mescla características de renda fixa e variável. Dessa maneira, consegue oferecer risco mais baixo e, ao mesmo tempo, boa rentabilidade.
A regulamentação do COE pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) veio somente em 2015. Entretanto, ele já é um investimento bastante popular e distribuído por várias instituições financeiras.
Veja, a seguir, mais detalhes sobre essa aplicação.
O que é COE e como funciona esse investimento?
Da mesma forma que um CDB, o COE é um título emitido por uma instituição financeira para captação de recursos. Entretanto, a diferença é que esse certificado não é um único investimento, mas sim um conjunto de ativos. Logo, é uma boa estratégia de diversificação da carteira.
Quanto aos rendimentos, o COE pode estar atrelado a diferentes referenciais, como taxas de juros, índices das bolsas brasileiras e estrangeiras, commodities e moedas.
Tipos de COE
No mercado brasileiro, existem dois tipos de COE:
Valor nominal protegido
A maioria dos COEs emitidos têm o valor nominal protegido.
Nessa situação, como o próprio nome diz, o investidor tem a garantia de receber de volta, no mínimo, o valor que investiu. Ou seja, não há risco de perda do principal no vencimento da aplicação.
Valor nominal em risco
Já nesse formato, existe a possibilidade de perda de todo o capital investido. Logo, esse COE é indicado para perfis de risco mais agressivos.
Vale a pena investir em COE?
Como todo o investimento, o COE apresenta vantagens e, também, desvantagens. Nesse sentido, vejamos os principais pontos:
Vantagens
Como vimos, o COE é uma boa forma de diversificar os investimentos. Isso porque o investidor consegue ter acesso a produtos mais sofisticados, como ações internacionais, moedas estrangeiras, derivativos, entre outros. E, para isso, ele não precisa montar sozinho a carteira.
Em relação aos custos, o COE não possui algumas taxas comuns a outras aplicações, como administração, custódia ou alíquota come-cotas. Além disso, esses títulos são tributados pela tabela regressiva de Imposto de Renda. Ou seja, quanto maior o prazo da aplicação, menor será o imposto a pagar.
Por fim, pelo fato de ser possível determinar o risco da aplicação, o COE pode se adequar a diferentes perfis de investidores.
Desvantagens
Por outro lado, o COE não possui a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Ou seja, caso a instituição emissora vá a falência, o investidor não terá o ressarcimento dos R$ 250 mil por CPF e por grupo financeiro assegurados pelo fundo.
Desse modo, é fundamental uma criteriosa análise do emissor antes de investir no certificado.
Outra desvantagem do investimento é o fato de não ser possível resgatá-lo antecipadamente. Caso o investidor precise dos recursos, terá que vendê-lo a outro investidor no mercado secundário.
Nesses casos, existem corretoras que podem intermediar as operações. No entanto, o COE é negociado a preço de mercado e, por isso, o investidor estará sujeito a deságio na venda antecipada.
E então? Achou o COE um investimento interessante? Caso tenha alguma dúvida, mande uma mensagem para a gente! 😊