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Free float: o que é e como funciona?

O termo “Free float” é usado para designar ações de uma empresa que estão disponíveis em “livre circulação” no mercado. Ou seja, as instituições que possuem capital aberto na bolsa de valores têm um índice de ativos disponíveis nesta modalidade.

Nem todo o montante total de ativos de uma companhia é destinado para negociação dos investidores. Geralmente, as empresas disponibilizam mais de 25% dos seus ativos para essa modalidade.

O percentual mínimo de ações em circulação está relacionado com os níveis de governança corporativa que as companhias estão:

  • Nível 1 e Nível 2: 25% do capital social em ações no mercado
  • Novo Mercado: 25% ou 15% se o volume diário médio é maior que R$ 25 milhões
  • Bovespa Mais e Bovespa Mais Nível 2: 25% a partir do 7º ano de listagem

Se um quarto das ações estão em negociação no mercado, e o restante delas? 

A outra parte dos ativos está em mãos de acionistas majoritários da empresa e outros setores. Por exemplo, não são consideradas free float as:

  • Ações de controladores da empresa;
  • Ações detidas pela própria instituição;
  • Ações preferenciais de classe especial;
  • Ações em tesouraria.

A importância mais obra dos ativos em free float é garantir que parte das empresas seja negociada por qualquer investidor. Além da relevância para funcionar um mercado mais liberal e menos concentrado, esse mecanismo é usado na composição dos índices econômicos.

A metodologia para o cálculo dos indicadores da bolsa de valores utiliza somente as ações que estão em livre comercialização no mercado. Ou seja, o Ibovespa, por exemplo, é medido conforme os ativos em free float que estão na composição do índice e na B3.

Como é feito o cálculo do Free Float?

Na teoria, o cálculo é bem simples e leva em consideração as ações que estão disponíveis no mercado e todos os outros ativos da companhia. Como é um indicador percentual, está atrelado ao tanto que esse grupo representa no todo:

Free float = ações disponíveis em circulação livre no mercado/total de ações da empresa

Deste total de ações, são contabilizados todos os tipos de papéis possíveis, dos majoritários aos minoritários, daqueles que a tesouraria detém ou então os chamados golden shares (ações preferenciais de classe especial).

Por exemplo, uma empresa tem 12 mil papéis em ações e, desse total:

  • 4.000 ações são destinadas ao free float;
  • 4.000 ações estão em posse da própria empresa e seus administradores;
  • 3.000 ações para os grandes acionistas e controladores;
  • 1.000 ações detidas pela tesouraria.

Ou seja, o índice free float da companhia é de 33%. Isso atende um dos requisitos mínimos exigidos pela B3 sobre o percentual de ações em circulação no mercado.

Em tese, quanto maior esse indicador, mais liquidez uma empresa pode ter. Isso porque quanto maior o número de papéis disponíveis à negociação na bolsa, mais fácil pode acontecer a compra e venda. 

Essa mesma lógica se aplica a respeito da volatilidade das ações. Quanto mais papéis e mais investidores estiverem dispostos a negociação, maior será o nível de volatilidade desses ativos. Isso porque será mais fácil os vendedores encontrarem compradores. Algo que é mais difícil quando as ações ficam concentradas em acionistas majoritários ou por outros setores que não estão dispostos a vender suas participações facilmente.


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