Existem diversos índices no mercado, tanto os que se referem aos investimentos da bolsa de valores brasileira, quanto das bolsas estrangeiras. Assim como têm índices específicos para ações, como o IBOV e o SMLL, também existe um para fundos imobiliários, o IFIX.
O IFIX serve como benchmark para os fundos imobiliários disponíveis na bolsa, ou seja, ele mostra o desempenho médio das cotações dos FIIs e é usado como referência para quem investe nesse segmento.
A variação dos fundos imobiliários é medida desde 2010, mas o IFIX só surgiu em 2012 e, diferente do Ibovespa, que possui 4 ETFs que replicam sua carteira, ainda não existe um ETF que replique o IFIX.
Apesar disso, os FIIs já estão presentes na carteira de grande parte dos investidores, tanto por ser uma boa opção de diversificação, quanto pela rentabilidade desse tipo de investimento.
O número de pessoas que investem em ações ainda é maior do que os investidores de FIIs, mas cada vez mais pessoas estão interessadas em investir no setor imobiliário.
Como é calculada a pontuação do IFIX?
A pontuação do índice é calculada segundo o desempenho dos ativos que compõem sua carteira. Ele é um índice de retorno total, o que significa que sua pontuação engloba a variação de preços dos ativos e as distribuições de dividendos.
Mas não são todos os fundos imobiliários disponíveis na bolsa que fazem parte do IFIX, existem 3 critérios que são levados em consideração:
- Ter participado de 60% dos pregões em um período de 12 meses antes da formulação da carteira;
- Não deve ser classificado como Penny Stock, ou seja, não pode ter cotação menor que R$ 1,00;
- Deve estar entre os 99% dos FIIs com maior negociação no mercado.
Dos 279 FIIs disponíveis na bolsa de valores, 120 fazem parte do IFIX.
Importante ressaltar que cada fundo possui um peso diferente na carteira do índice, isso significa que uns podem contribuir mais ou menos com a pontuação.
O peso de cada um é definido segundo o valor de mercado, mas nenhum FII pode ter participação superior a 20%.
A composição do IFIX não é fixa, a cada quatro meses é feito um rebalanceamento da carteira teórica e ativos podem ser incluídos ou retirados. Tudo vai depender se eles cumprem ou não com os critérios do índice.
Composição do IFIX
Veja os fundos imobiliários com maior participação na carteira:
| Nome | Ticker |
|---|---|
| Kinea Renda Imobiliária | KNRI11 |
| Kinea Índice de Preços | KNIP11 |
| Kinea Rendimentos Imobiliários | KNCR11 |
| CSHG Logística | HGLG11 |
| XP Log | XPLG11 |
| BTG Pactual Corporate Office | BRCR11 |
| BB Progressivo II | BBPO11 |
| Hedge Top FOFII 3 | HFOF11 |
| JS Real Estate Multigestão | JSRE11 |
| Hedge Brasil Shopping | HGBS11 |
Informações correspondentes ao dia 22/07/2020
Juntos, os 10 FIIs citados acima, são responsáveis por mais de 30% da pontuação do IFIX. Considerando que mais de 100 fundos fazem parte do índice, 30% é um valor alto.
Isso significa que o desempenho desses ativos pode impactar de forma significativa no resultado diário do indicador.
Uma informação que todo investidor deve saber, é que os fundos imobiliários possuem menos liquidez que as ações e podem apresentar uma variação bem menor, a menos que algo externo afete diretamente o setor imobiliário.
É interessante que o investidor que aplica em fundos imobiliários compare a rentabilidade da sua carteira, com o desempenho do IFIX, assim saberá se sua performance está de acordo com o que o mercado pode oferecer ou se é necessário mudar a estratégia de investimento.
Outra forma de utilizar o IFIX é comparando com o próprio IBOV. Isso não significa que é necessário escolher um ou outro para investir, afinal é possível que uma carteira tenha ações e FIIs, em proporções iguais ou diferentes.